quinta-feira, 2 de abril de 2009

Uma escolha para a vida toda.

Conseguir uma tatuagem é uma grande decisão. Acho interessante o facto das pessoas terem a vontade de escolher um desenho ou símbolo que seja parte do corpo para toda a vida. Mas as vezes, penso que não o fazem a consciência. A remoção das tatuagens é dolorosa e não sempre tem êxito, dependendo da cor da tinta na pele. Alem disso, muitas vezes não se pensa que aquelo que é bonito na juventude, não sempre é bonito em outras etapas da vida. E assim, alguns jovens com tatuagens ficam velhos arrependidos. Também acho que em determinadas situações ajuda a suscitar discriminação e o preconceito. Embora não seja justo, continua a acontecer.

Concluindo, acho que somos responsavéis do nosso corpo, e que temos que pensar muito bem que uma tatuagem não é só um desenho bonito, é uma grande decisão.
Eu particularmente não usaria, mas tenho muitos amigos com tatuagens, e até agora gostam. Só o tempo dirá.



terça-feira, 24 de março de 2009

Um bolo simples, gostoso e prático

INGREDIENTES

1 ½ kg de batata inglesa
700 g de açúcar
1 xícara de farinha detrigo
500ml de leite de côco
2 colheres de chá de fermento em pó
2 colheres (sopa) de margarina
6 ovos
1 colher de chá de sal

Queijo parmesão

MODO DE PREPARO

Misture a açúcar e a margarina na batedeira. Depois, coloque os ovos e continue a batir. Junte a mistura com a batata, o parmesão, o fermento e a farina. Sem parar de mexer, junte o leite de coco e depois a colhere de sal. Ponha em uma forma previamente untada e polvilhada. Leve ao forno durante uma hora e meia. Desenforme e sirva.

O bolo de batata

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Vinte e zinco.

Após ler o romance “Vinte e zinco” do escritor moçambicano Mia Couto, responda às seguintes perguntas:

1. Mencione os nomes das personagens do romance.
As personagens principais são Lourenço de Castro, Dona Margarida, Irene, Andaré Tchuvisco, Joaquim de Castro, Jessumina, Marcelino.

2. Qual é o ritual que a D. Margarida faz empre que o Lourenço chega?
Ela esperava seu filho que tornasse de trabalhar. Cobria as costas dele com um casaquinho e preparava-lhe um pano limpo para dormir.

3. Quais as partes do cavalinho de Madeira que o Lourenço toca? Coloque o nome dessas partes no seguinte desenho:



4. Como cham a Irene à Margarida, isto é qual é o apelido dela?


Guida


5. Quando a Irene foi para África e por quê?


Ela foi para África depois que seu cunhado morrera, para ajudar e acompanhar á sua irmã nesses momentos de solidão.

6. Quem era Joaquim de Castro?
O pai de Lorenzo, marido de Margarida, cunhado de Irene, e havia sido também agente da PIDE.

7. Preencha a seguinte árvore genealógica do Lourenço:
Tia: Irene
Mãe: Margarida
Pai: Joaquim de Castro


8. Por que diziam que a Irene envergonhava a família?


Porque se misturava com os negros, dançava como eles, exprimia-se com mais liberdade do que os outros brancos.


9. Como morreu o pai do Lourenço?
Os presos que ele lançava do helicóptero um dia enredaram-no entre as pernas e caiu com eles no oceano.


10. Por que Lourenço não suporta ventoinha?
Porque o barulho da ventoinha lhe fez lembrar as hélices do helicóptero e, por conseguinte, aquele dia em que seu pai morrera.


11. O que trazia Irene no frasquinho e para que o queria?
Trazia uma água tratada que Jessumina deu-lhe para lavar os olhos do seu amigo cego Tchuvisco, para que ele pudesse recuperar a visão.


12. Pesquise na internet em que região de Moçambique ficam os lugares mencionados: Pebane, Moebase e os Lagos Nkuline e marque no mapa a sua localização. Adicionalmente indique o nome de cada região e a capital:




13. Qual era a relação de Irene com Marcelino?


Eram namorados e compartilhavam os mesmos ideais revolucionários.


14. Com quem vivia Marcelino e onde?
Com sua mãe Dona Graça, em casa de seu tio Custódio.


15. Qual era a profissão do Marcelino?
Era mecânico, trabalhava numa oficina.

16. Como você traduziria a expressão “são ossos do orificio” em espanhol?
Son gajes del oficio.


17. Por que D. Margarida visitou Jessumina? O que a Jessumina recomendou a D. Margarida fazer? Que pedido lhe fez Jessumina a Margarida?

Dona Margarida visitou Jessumina por medo ás feitiçarias, por cansaço acumulado, para saber o que acontecia na sua casa e procurar a paz no seu lar.
Jessumina recomendou-lhe as seguintes coisas:
1.- despedir-se do velho Castro para procurar o descanso da família.
2.- Sair, viajar para a sua terra.
3.-Não deixar os panos de Lourenço no jardim porque alguém podia estar usando-os contra ele, fazendo feitiçaria.

Jessumina pediu Dona Margarida lhe contasse sobre sua terra, Portugal.

18. Por que você acha que D. Margarida se sentiu melhor depois de falar com a Jessumina?


Porque teve a oportunidade de falar com alguém, de encontras respostas a os seus problemas e alem disso, lembrou a sua terra natal e aqueles tempos em que todo era mais tranqüilo.

19. Por que o doutor Peixoto foi à casa do Lourenço? Que notícia deu o médico a Lourenço? Qual foi a reação de D. Margarida?
Porque Irene estava grávida. O médico deu-lhe a noticia do golpe de Estado em Portugal, da caída do regime. Margarida ajoelhou-se e agradeceu a Deus o acontecimento porque finalmente voltariam a Portugal.


20. Por que o Lourenço quer matar o Tchuvisco?
Por causa de Irene, porque pensava que Tchuvisco teria sido quem a engravidara.


21. Quantas e quais são as histórias relacionadas com a cegueira do Tchuvisco? Qual é a verdadeira?
* Uma serpente mordeu-o quando nasceu.
* No ventre materno, a morte visitou-o para matá-lo, mas não foi possível porque o canto da mãe impediu-o e assim só deixou-o cego.
* Quando trabalhava na prisão pintando as paredes de branco para que não revelassem as nódoas de sangue, começou a adoecer das vistas.
A verdadeira história é que Tchuvisco viu que Joaquim de Castro abusava sexualmente dos presos. Então o velho Castro esfregou-lhe os olhos com seiva da árvore do mukuni até deixá-lo cego para anular a possibilidade de ele alguma vez ser denunciado.

22. Dê a sua opinião sobre este romance.

Gostei muito de ler este romance porque conheci novas coisas sobre Moçambique e sobre a ocupação colonial em geral.
O livro, alem de contar uma historia original, tem muitas imagens belas, de paisagens, sensações, acontecimentos. E todo isso ajuda ao leitor a imaginar o Moçambique de então.
Em particular achei interessante o dialogo entre Tchuviso y Lourenço, quem afirmou que África teve duas grandes tragédias: a chegada dos brancos e a partida deles. Os poderes que mudam e a miséria que prevalece. Penso que o romance através duma historia retrata uma realidade que até agora ignorava y, sobretudo me deixa o desejo de conhecer mais sobre aqueles paises e a sua literatura.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

João Guimarães Rosa

"Quando escrevo, repito o que já vivi antes. E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente. Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser um crocodilo porque amo os grandes rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranqüilos e escuros como o sofrimento dos homens."


João Guimarães Rosa



É um dos mais grandes escritores da lingua portuguesa que aproveitou as ferramentas do seu universo letrado e culto para aproximar-se á regiâo do sertâo, e de Brasil em geral.
Nasceu em Cordisburgo, Minas Gerais em 1908.
Ainda pequeno, o seu avô levou-o para Belo Horizonte donde concluiu os seus estudos. De criança aprendeu diferentes línguas o que com certeza ajudou-lhe a entender o proprio idioma para depois explora-lo através da literatura.
Matriculou-se na faculdade de medicina e mudou-se para Itaguara, uma localidade que fica no interior de Minas Gerais. Alguns anos mais tarde, serviu como médico voluntário da Força Pública (uma instituçâo militar). A vivença de determinadas emoçôes e sentimentos do ser humano durante o seu trabalho, probavelmente ajudaram-lhe á creaçâo dos seus personagens.
A vida de medico deixou-o muito angustiado. Sentiu-se incapaz de terminar com os sofrimentos e os males humanos. Foi assim que decidiu abandonar definitivamente a medicina.
Começou uma carreira brilhante na diplomacia que permitiu-lhe fazer muitas viagens para o exterior, e sobretudo permitiu-lhe escrever.
Sagarana foi o primeiro livro de Guimarâes Rosa, um livro cheio de grandes contos e de historias interesantes.
A sua aportaçâo é o jeito de incorporar á lenguagem culta, a fala popular. Tambem este livro mostra a sensaçâo de que a lingua é uma coisa que está-se construindo, algo que nâo está pronto.
Depois, durante uma excurçâo pelas terras do sertâo recolheu informaçoes dá fauna, flora, gente, usos, costumes, creenças, superstiçôes e cançoes. Esses elementos foram fonte de inspiraçâo para o seguinte livro: Corpo de Baile. Obra que depois foi desmembrada em tres diferentes partes. A última, Grande Sertâo: veredas é sem duvida, a obra mais reconhecida do escritor. No proprio título, o autor faz referência a dois universos de linguagem: um tipo de fala formal e outro local, da gente que mora nas veredas do sertâo. Pode-se dizer que neste livro, Guimarâes Rosa fez um retrato do Brasil, donde tambem aparecem questôes existenciais da vida, origem, misterio, do bem e do mal.
Como se soubesse a sua missâo na vida e o seu final, ele procurou escrever cada vez mais. Em 1962 publicou Primeiras Estórias e em 1967 Tutameia que ficou como um testamento porque condensou o seu trabalho literario.
O escritor morreu prematuramente aos 59 anos de idade, no ápice de sua carreira literária e diplomática, mas como ele teria dito alguma vez "As pessoas não morrem, ficam encantadas".

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O homem no espelho

É que Narciso acha feio
o que não é espelho
E a mente apavora o que ainda
Não é mesmo velho
Nada do que não era antes
quando não somos mutantes
[...]"

letra de
Sampa
Caetano Veloso

Uma das coisas que podem caracterizar à sociedade atual é a exactaçâo da beleza fisica e da juventude. Os meios de comunicaçâo promovem estereótipos que ficam no inconsciente (ou consciente?) das pessoas e o conceito de beleza virou sinônimo de êxito y felicidade. As mulheres tendem a consumir todo tipo de produtos para prevenir o envelhecimento e tomam todo tipo de medidas para manter-se magras é as vezes podem-se encontrar em situaçoes perigosas como acontece com as doenças de bulimia e anorexia.
Mesmo assim, alguns homens (de certo nível económico) aproveitam as oportunidades que a ciência oferece e ultrapassam os limites de vaidade para satisfazer um grande desejo de beleza.
Acho legal a procura masculina por manter um corpo saudável, mais nâo aceito todo o que deriva da manipulação dos meios de comunicaçâo, do consumismo sem medida, da obsessâo com ficar numa edade que nâo nos corresponde. Penso que é mais belo desfrutar de todas as etapas da vida e envelhecer com elegância que investir tanto tempo e dinheiro em procurar uma pele de criançâ que logicamente nâo vamos voltar a ter jamais.
Concluindo, todo excesso é mau, cuidar do visual é importante mas nâo é o mais importante, o mais importante sâo a saúde e a felicidade. E para todos os meus filhos de Narciso aconselho assistir o filme “O curioso caso de Benjamin Button”, e assim veram que rejuvenescer nâo é tâo bonito.

Homem cuidado ou não?

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Para quem gosta das coisas breves e leves, que o vento desfaz.



As bolas de sabão que esta criança

Se entretém a largar de uma palhinha

São translucidamente uma filosofia toda.

Claras, inúteis e passageiras como a Natureza,

Amigas dos olhos como as cousas,

São aquilo que são

Com uma precisão redondinha e aérea,

E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa,

Pretende que elas são mais do que parecem ser.

Algumas mal se vêem no ar lúcido.

São como a brisa que passa e mal toca nas flores

E que só sabemos que passa

Porque qualquer cousa se aligeira em nós

E aceita tudo mais nitidamente.


Alberto Caeiro

Recife

Recife é uma cidade portoaria com mais de um milhâo de habitantes que fica no estado de Pernambuco. Caracteriza-se por ser uma metropolis cheia de tradições, de elementos culturais mas também de muitos contrastes sociais.

Surge a meiados do século XVI numa villa donde moravam pescadores, marinheiros e comerciantes. Do porto, saíam e chegaram escravos, coloniçadores y mercadorias alem de pessoas e influências culturais que definiram a cidade.

O seu êxito económico durante o século XVII deve-se á implantaçâo de ingenios de cana de açúcar sob o controle dos portuguêses. A cidade, entâo, cresceu entre o mar e o canavial. Pernambuco tornou-se a capitanía mais lucrativa do Brasil, facto que despertou o interesse estrangeiro. Foi assim que os holandeses invadiram a cidade em 1630 e a ocuparam até 1654.

As diferentes conceçoes de ocupaçâo urbana, ficaram na memoria do povo. Enquanto os portuguêses construiram uma villa sobre as colinas fazendo uma “Lisboa” em territorio americano, os holandeses preferiram ocupar a área prossima ao porto aplicando seus conhecimentos na construçâo de canais e pontes.

Ao longo do século XVIII a indústria da cana de açucar perdeu poder e outros produtos como o algodâo foram-se afirmando no controlo da economia. Assim, abreu-se no Recife um periodo de importantes revoltas sociais.

Na segunda metade do século XIX a agro-industria açucarera e a exportaçâo de algodâo sustentavam a economia pernambucana, o que permitiu a moderniçaçâo da cidade que se desenvolveu no seculo XX. Deste periodo ficam muitas imagens que permitem conhecer melhor a Recife de entâo. Acho que é uma metropolis muito interessante, com un pasado cheio de acontecimentos importantes que definiram pouco a pouco a sua forte identidade.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Um pouco mais...

Nâo direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que nâo digam quanto sei
Neste retiro em que me nâo conhecem

J. Saramago



Gosto de procurar poesia em todo, edificios, cidades, pessoas.

Nâo gosto dos limites, de tipo nenhum. É por isso que estudo
Arquitectura, porque parece-me uma profissâo de infinitas possibilidades.

Gosto das pessoas que sâo como alguns edificios: fechados sobre si próprios e algo protegidos do exterior, mas cheios de espaços interessantes.

Adoro a ópera porque acho que é um ótimo exemplo de como muitas coisas (música, cenografia, literatura) podem relacionar-se de maneira harmônica.

Nâo vejo a vida como um círculo mas como uma espiral que começa num punto é depois desenrola-se até ao infinito, e enquanto isso acontece, desejo conhecer o mais possível para fazer o impossível.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Um pouco de mim

Considero-me uma pessoa dinâmica, interessante, bem disposta e sempre pronta a conhecer novas pessoas e lugares.
Adoro todas as bellas artes mas Arquitectura é a minha paixâo.
Sinto uma emoçâo especial pela arquitectura portuguesa e sobretudo pela obra de Alvaro Siza. Tenho muita vontade de ficar um tempo em Portugal fazendo mestrado e trabalhando num atelier. É por isso que studo português, mas também porque parece-me uma língua muito bonita.
Quanto á musica: Madredeus está para a música assim como Pessoa estaria para a poesia.
Fico muito feliz por ter criado um blog, nâo só porque é um meio facilitador do processo de aprendizagem mas também porque ao mesmo tempo faço um dos maiores prazeres da minha vida: escrever.